Christian Cueva: esperança dentro do campo, polêmico fora dele

O FNV Sports traz essa semana mais uma história na coluna Guerreros de Cubillas. A coluna traz fatos, jogadores e curiosidades sobre o futebol peruano. Nessa semana o personagem da vez Christian Cueva, jogador de qualidade dentro de campo, mas que carrega as polêmicas fora dele como marca na sua carreira. Portanto, conheça mais um pouco dessa história aqui.

INÍCIO DE CHRISTIAN CUEVA

O meio-campista Christian Cueva teve durante sua infância o mesmo sonho que a maioria dos garotos, o de ser jogador de futebol. Nascido em 23 de novembro de 1991, o garoto peruano cresceu morando na mesma cidade que nasceu em Trujillo.

O jogador já destacou em algumas oportunidades que na infância sua vida era estudar e jogar futebol nas horas vagas. Além disso, seu pai era seu principal professor, já que ensinava a ele a praticar o esporte. De fato, sua descoberta para a base aconteceu em uma festa na cidade de Huamachuco.

Durante esse evento, o confronto entre a base do San Martin contra a seleção local, o garoto, que tinha 16 anos na época, duelava com a camisa local. Treinando a base do clube, Orlando Lavalle se encantou com o futebol de Cueva convidando para treinar na base do San Martin.

Logo depois, em entrevista, o treinador revelou que o meia morou uma temporada na sua casa, já que o clube ficava na cidade de Lima, longe de Trujillo. Na época, algumas características já chamava atenção, como o lado provocador e a sua alegria para jogar futebol.

Assim, Christian Cueva começava a ganhar seu espaço no futebol. Logo depois do período na base, a primeira chance no time principal do San Martin surgiu em 2008, ano que ganhou o primeiro título peruano. Ao todo, foram quatro temporadas no clube com 130 jogos disputados e 21 gols marcados, ganhando um segundo troféu peruano, em 2010.

ANÁLISE DO COMEÇO DE CUEVA

O jornalista José Marin, do site depor.com do Peru, descreveu um pouco sobre o início da carreira de Cueva:

“Cueva é um jogador que nasceu em um clube amador de Trujillo, no norte do país. O clube USMP chega à sua cidade em uma excursão e o recruta. Ele faz sua estreia e começa seu crescimento profissional. Posso dizer que em San Martín teve um problema disciplinar, o mesmo que indica que faltou aos treinos porque foi a sua cidade jogar um jogo em que o campeão ganhou dinheiro e um touro. Então, foi para César Vallejo de Trujillo e, até então, parecia que estava no caminho certo”.

Depois do início no seu primeiro clube, Cueva na metade de 2012 decidiu se transferir para o César Vallejo, onde durou apenas três meses devido a problemas disciplinares. Ainda assim, o jornalista ainda descreve as passagens por Union Española e Alianza Lima:

“Quando chega ao Chile e depois à Espanha, não consegue se consolidar e volta ao Peru para jogar no Alianza Lima. Alguns maus resultados fizeram a torcida reclamar dele e ele acerta um deles. No dia seguinte, o bar oficial vai ao treino e é espancado. Foi um dos mais resistidos da época”.

CURIOSIDADES DO PERUANO

Cueva sempre falou da admiração pelo Brasil. Tendo como ídolos Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho. Além disso, durante sua passagem pelo Brasil deixou claro seu gosto pelo funk. Mesmo que deixe claro a sua preferência pelo ritmo, aprendeu em terras canarinho a ser fã da feijoada brasileira e de filmes de ação.

Porém, o jogador carrega consigo um rótulo não muito desejado, o de polêmico. Ao longo de sua carreira essa é uma das marcas que fizeram com que o mesmo não durasse muito nos clubes, pois sempre anda envolvido em confusão fora das quatro linhas.

PASSAGEM NO MÉXICO E MOMENTO NO SÃO PAULO

Posteriormente, o futebol mexicano fez bem ao Cueva. Depois de uma sequência em clubes que não vingou, assinou com o Toluca em julho de 2015. Com 1,69 m contribuiu para a campanha na Libertadores de 2016, quando o clube caiu nas oitavas para o São Paulo.

Além disso, foi destaque também na participação na Liga MX, o Campeonato Mexicano. No total, foram 49 participações em jogos pelo clube, com seis gols anotados e sete assistências. Essa passagem fez o jogador ser contratado pelo São Paulo por oito milhões de reais em junho de 2016.

A expectativa era alta pelo jogador no clube. Meia de criação e flutuação no campo ofensivo estreou após a participação na Copa América Centenária. Logo, caiu nos braços da torcida decidindo clássicos e jogos no começo da sua passagem.

Mas, o perfil polêmico começaria a atrapalhar no time. Uma antes do clássico contra o Palmeiras. Em um vídeo, o jogador apareceu bebendo e festejando dentro de casa. O clima dentro do Morumbi não foi dos melhores após a aparição do conteúdo.

No entanto, o tempo jogou a favor de Cueva. Conseguindo amenizar a pequena crise, firmou-se no clube, com gols decisivos e importantes, chegando a renovar seu contrato até 2021. Em 2018, seu ultimo ano no Tricolor, nova polêmica. Após ter proposta recusada o peruano se recusou a jogar pelo São Paulo. Mas, ao longo do seu último ano perdeu espaço no time e foi vendido ao Krasnodar da Rússia após a Copa do Mundo, terminando sua primeira passagem no Brasil com 83 jogos e 20 gols.

https://www.youtube.com/watch?v=e99viuGHyiA

SELEÇÃO PERUANA

Na seleção Cueva se firmou a partir de 2015 com a chegada de Ricardo Gareca ao comando. Porém, sua estreia aconteceu em junho de 2011 em amistoso contra o Japão. Nesse período, participou da campanha histórica que levou os peruanos para a Copa do Mundo em 2018. Aliás, também estava no elenco que foi vice-campeão, no Brasil, da Copa América para os donos da casa. São 70 jogos e 10 gols nessa trajetória representando o seu povo.

PÓS COPA

Após a Copa do Mundo, Cueva foi vendido pela equipe paulista. Por 8 milhões de euros, o Krasnodar-RUS decidiu comprar o meia em definitivo. Todavia, com poucos jogos e sem conseguir vingar no clube, o meia durou apenas sete meses no pais.

Sendo assim, a pedido de Sampaoli, o Santos contratou por empréstimo. No Peixe, porém, o jogador voltou a envolver-se em polêmicas, com o clube e torcedores. Depois de uma folga, o peruano atrasou na sua reapresentação, o que não pegou bem com o seu treinador ficando afastado do clube. Em uma balada, o jogador brigou com torcedores, sendo que não pegou bem em repercussão.

O jornalista Ademir Quintino, do estádio 97, que cobre o Santos resumiu Cueva como “jogador descomprometido. Dono de grande técnica mas sem comprometimento.” Afastado, o peruano assinou com o Pachuca-MEX, após polêmica saída do Santos. Por fim, ainda tem passagem por clubes como Yeni Malatyaspor e atualmente está no Al Fateh.

Foto Destaque: Reprodução/Cueva

Eric Filardi
Eric Filardi

Sou Eric Filardi, paulistano de 28 anos, criado em Taboão da Serra, jornalista pós-graduado em Jornalismo Esportivo e apaixonado por futebol. Como todo jornalista amo escrever. Como todo brasileiro amo futebol. Tenho meu clube e minhas preferências, mas viso o profissionalismo e a imparcialidade, sem deixar de lado a criatividade. Sou Tricolor, Peixe, Palestra e Timão. Sou da Colina, Glorioso, Flu e Mengão. Sou brasileiro, hermano, francês e italiano. Sou Ghiggia, Paolo Rossi, Caniggia e Zidane. Sou Alemanha dos 7 x 1, mas que o povo não se engane. Também sou Ronaldo, Romário, Zico, Garrincha e Pelé. Sou Bundesliga, MLS, Eredivisie e Premier. Sou das várzeas e dos terrões. Sou Clássico das Multidões. Sou Sul, Nordeste, Amazônia e Pantanal. Sou Galo, Raposa, Bavi e Grenal. Sou Ásia e África. Sou Barça e Real. Sou as Américas, a Europa, sou o mundo em geral. Sou a festa nas arquibancadas que o estádio incendeia: sou Futebol na Veia.

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